terça-feira, 9 de setembro de 2014

Texto 9.3 - As novas profissões da Era Digital

O que você pensa em ser quando crescer? Já pensou nisso? Que tipo de profissão você gostaria de exercer no futuro? Para responder a essas perguntas pesquisei 21 profissões que estão crescendo no mercado e que você pode incluí-las em sua lista de preferências. Leia e depois comente!
PROFISSÕES: 21 profissões novas da era digital
Autor: Universia Brasil 07/03/2012
FotoConfira os empregos do presente e do futuro mais requisitados pelas empresas do setor de novas tecnologias.
Quais são esses novos empregos? A maioria são oportunidades na rede que requerem a aprendizagem de novas habilidades, reciclagem e uma visão em longo prazo.
 No panorama das crises econômicas das grandes potências e do desemprego encontramos uma ponta de esperança: novas profissões, onde a demanda das empresas chega a superar a oferta de profissionais existentes.
Essas novas carreiras têm uma única raiz comum: a internet e as novas redes sociais. Contudo, segundo Francisco Bosch, diretor da empresa espanhola Infoempleo, os novos empregos são “oportunidades que muita gente desconhece”. O diretor diz que os livros editados há 16 anos sobre carreiras universitárias já não servem mais. Outro problema: aponta Alejandro D. Doncel, fundador e diretor da KSchool, é que, “o sistema educativo está desajustado porque não oferece os perfis que o sistema produtivo demanda”. Porém, quais são esses novos empregos? A maioria são oportunidades na rede que requere a aprendizagem de novas habilidades, reciclagem e uma visão em longo prazo. Confira a seguir algumas profissões e perfis das novas carreiras.
Profissões novas da era digital:
 1) Especialista em análise da web São engenheiros ou matemáticos encarregados de medir os dados de audiência e publicidade de um site com a finalidade de melhorar seu posicionamento. Sua função principal consiste em interpretar a relação do marketing online com as informações retiradas das estatísticas.
2) Arquiteto de Informação São os responsáveis pela estrutura e organização de um portal ou site com o objetivo de melhorar sua navegabilidade. Os arquitetos da informação planificam os elementos para um site seja mais acessível e trabalham em colaboração com programadores e designers gráficos.
3)Web Designer Requer conhecimentos de computação gráfica e programas de design, assim como código HTML e Javascript. O web designer deve trabalhar para melhorar o aspecto de um site, sua acessibilidade e também a ordem e seu aspecto estético para atrair novos usuários.
4) Especialista em usabilidade O novo profissional tem como principal missão conhecer o que os usuários buscam e querem. Esse pesquisador de mercado ou analista realiza estudos frequentes para saber o que os clientes gostariam que melhorasse no site. Seu saldo salarial varia de 18 a 42 mil euros mensais.
 5)Editor de Conteúdo São os novos jornalistas digitais. Se encarregam do conteúdo, redação e edição de artigos nas diferentes páginas da web, desde um site corporativo a um jornal digital.
6) Analista Funcional Sua função consiste em analisar o funcionamento de novos aplicativos informáticos para que oferecer o máximo de rendimento.
7) Consultor de e-Business O especialista em marketing analisa as necessidades de uma empresa na internet. Ele emprega diferentes estratégias para atrair cliente através da internet. 8) Responsável por e-Commerce É responsável pelas vendas online de uma empresa. Sua missão consiste em ser a ligação entre a loja de uma página da web com a potência do publico consumidor.
 9) Webmaster Sua principal função é garantir que um portal online opere da melhor forma possível a nível técnico. Para alcançar o sucesso precisa gerenciar e coordenar uma equipe de técnicos. Segundo o guia INKS, é uma das melhoras profissões com perspectivas de trabalho em longo prazo.
10) Advogado especialista em internet O advogado especialista em novas tecnologias trata de tópicos como a contratação online, comércio eletrônico, assinatura digital, proteção de dados, propriedade intelectual e gestão de conteúdos, condições gerais de contratação na web e problemática jurídica dos nomes de domínio, entre outras questões.
 11) Responsável de Marketing de Filiais É o intermediador entre empresas e anunciantes em uma categoria de publicidade onde os anunciantes só pagam quando há resultados nas traduzíveis em web visitas, vendas ou registros.
 12) Diretor de Marketing Online É o especialista em contratos publicitários na web e em criar campanhas de promoção de produtos. A função requere formação em Marketing, pesquisa de mercado, Estatística ou Sociologia.
 13) Gerente de Produtos Esta nova profissão do mundo web está centrada em identificar novas oportunidades, tendências e problemas para o desenvolvimento de produtos com êxito. Se encarrega de realizar as projeções de vendas e trabalhar de forma conjunta com o comércio. Além disso, analisa os resultados obtidos com os produtos já lançados no mercado.
14) Especialista em SEM (Search Engine Marketing) É o especialista em marketing de um site para os buscadores. Decide a audiência para qual será dirigida a ação publicitária, as palavras chaves que irão patrocinar e como fazê-lo. Também estabelecem o orçamento necessário.
15) Especialista em SEO (Search Engine Optimization)Os especialista em SEO se encarregam de posicionar os conteúdos em site para os buscadores, de maneira que o site se destaque entre as páginas da web por sua competência. A função do SEO consiste em identificar palavras chave, analisar competidores e conseguir que o site da empresa em questão lidere o ranking de motores de busca como o Google.
 16) Administrador de Base de Dados Mantém as bases de dados que compõe o sistema de informação de uma empresa. Devem ser especialistas em tecnologia da informação, ter conhecimentos de linguagem de consulta SQL e de DBMS para otimizar as consultas.
17) Programador Criam os aplicativos de uma página na web e resolvem os problemas derivados de seu funcionamento. É um perfil com enorme demanda em todos os tipos de empresa.
18) Chefe de sistemas Dirige de forma administrativa e técnica as atividades da área de processamento dedados na empresa, organiza a equipe de informática e seleciona o software e hardware que a companhia utiliza.
19) Técnico de Suporte  Instala, configura e se encarrega de manter os equipamentos informáticos da empresa. Também instala os programas necessários para o uso diário.
20) Trafficker Encarregado de gerenciar, implementar e controlar o tráfico de uma página na web.

21) Gerente de Comunidades e Redes Sociais Sua principal função consiste na comunicação da empresa com o público através das redes sociais como Facebook, Twitter e Linkedin. Uma de suas funções consiste em fomentar conversas e debates na rede e interagir com os comentários dos usuários sobre a empresa. Existem variantes na categoria dessa carreira com perfis conhecidos como Responsável por SMO ou Social Media Strategist. 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Texto 8.3 Cyberbulliyng

Combatendo o Bullying/Cyberbullying

O Bullying é um fenômeno bastante conhecido nas escolas e, ultimamente, também fora delas. Diversas situações que há pouco tempo atrás eram tidas como "normais" ou "brincadeiras", hoje sabe-se que são casos de bullying. Com o avanço tecnológico, como era de se esperar, vem se proliferando os casos de Cyberbullying que é a prática virtual do bullying. Apesar de apenas "os meios" onde as agressões acontecem serem diferentes, existem algumas características importantes que os diferenciam. Ao contrário do Bullying, o Cyberbullying acontece através das ferramentas digitais, tendo como práticas comuns:
·    Molestar e/ou perseguir a vítima através de e-mails, mensagens SMS/MMS ou nas redes sociais;
· criar sites, blogs ou mesmo enquetes em redes sociais para eleger colegas da sala de aula com características estereotipadas (quem tem o maior nariz, quem é o mais feio da classe, etc);
·      criar perfis falsos em nome da vítima ou mesmo roubar suas senhas, para difamar pessoas nas redes sociais (ou através de e-mails e mensagens), fazendo-se passar por ela;
·     alterar e/ou publicar fotografias da vítima sem que haja prévio consentimento;
·  excluir a vítima socialmente em jogos on-line, chats, redes sociais, geralmente criando círculos sociais excludentes;
Mas as diferenças com o bullying "tradicional", não param por aí. O cyberbullying pode ser ainda mais covarde, pois os agressores se escondem atrás do "anonimato" (apenas para reforçar, anonimato com aspas duplas) que a rede proporciona, perdendo seus freios morais e não temendo punições, fazendo que as agressões tornem-se ainda mais cruéis. Nos casos de bullying como vítima e agressor geralmente estão frente a frente, a vítima sabe quem a está importunando. Mas e no cyberbullying, quem é o agressor? Será o garoto mau encarado que me olha do canto da sala? Será o professor? Será meu suposto "melhor amigo"? Seria a turma toda ou somente um grupo? Como proteger-se de alguém que não se conhece?  E note, nos casos de cyberbullying, pouco importa a "relação de poder" definida pelas especificações físicas dos envolvidos no mundo real.  Ou seja, nada impede o garoto tímido e franzino que senta na primeira fila a atormentar digitalmente o garoto de baixa auto estima que é "dobro do seu tamanho" sentado lá no fundo da classe.
Alie-se a isso a velocidade com que uma informação se espalha na Internet, e teremos um problema de proporções muito maiores. Aqui vale lembrar a frase do ex-primeiro ministro britânico James Callaghan: "Uma mentira pode dar a volta ao mundo, antes que a verdade possa calçar as botas". Nos casos de bullying geralmente o público das agressões é local. Suponhamos que um episódio de bullying acontece no pátio de uma escola. Talvez 100 crianças o tenham presenciado, e vamos apenas como suposição, imaginar que cada uma dessas crianças contou aos seus pais; além disso, imaginemos que alguns professores e funcionários da escola também fiquem sabendo do caso, temos aí um público de aproximadamente umas 400 pessoas (sim, eu sei, uma estatística muito mal feita mas creio que você entenderá meu ponto de vista). Mas o que fazer quando 400 pessoas viram 400.000 pessoas? Se a agressão for gravada e o vídeo se encontra na Internet, o público alvo é limitado apenas pela quantidade de pessoas existente no globo terrestre. Já a quantidade de visualizações é ilimitada, uma única pessoa pode ver quantas vezes quiser. E nesse contexto, é também uma característica do cyberbullying a inexistência da "necessidade de repetição das agressões", em função da quantidade de pessoas que esse tipo de violência pode atingir num curto espaço de tempo.  O bullying, pelo contrário, é caracterizado por sucessivas agressões (repetitivo), ao invés de uma única agressão isolada.
Porém no meu ver a principal diferença entre ambas as formas de agressão é o ambiente:
·                     Bullying: o lar, os muros de casa são geralmente um refúgio, uma proteção para a vítima. Mesmo que ela não se sinta confortável para discutir essa situação com seus familiares, em casa, o agressor não pode alcançá-la. 
·                     Cyberbullying: o lar deixa de ser um refúgio. As agressões, têm o potencial da Internet para atingir suas vítimas, ou seja, desconhecem fronteiras. No conforto do seu quarto a vítima não está imune a receber mensagens desaforadas, e-mails de difamação e etc
O cenário fica ainda mais complicado, se pensarmos que a geração atual se diverte, aprende, se socializa, enfim, vive on-line. A vítima pode deixar de relatar o problema aos pais, com medo que esses, despreparados para lidar com o problema, a impeçam de usar o computador ou venham a remover seu acesso a Internet, um dos motivos pelos quais escolhe, erroneamente, sofrer calada.
Cyberbullying e crimes cibernéticos
Cabe ainda destacar que alguns casos de cyberbullying rompem os limites da licitude, pois se enquadram em previsões penais. Surgem nestes casos os crimes cibernéticos, que se caracterizam pela prática de crimes fazendo uso de recursos tecnológicos, especialmente computadores. Neste tipo de situação também é deflagrada a atuação dos órgãos de persecução penal e na sua primeira fase pode atuar a Polícia Civil ou a Polícia Federal que possuem a função de apurar infrações penais, conforme consta no artigo 144 da Constituição Federal.
Dentre os principais exemplos de cyberbullying considerado criminoso destacamos:
1.      Calúnia: afirmar que a vítima praticou algum fato criminoso. Um exemplo comum é o caso de mensagens deixadas no perfil de um usuário do Orkut ou outro site de relacionamento que imputa a ele a prática de determinado crime, como por exemplo, que certa pessoa praticou um furto ou um estupro. A pena para este tipo de delito é de detenção de seis meses a dois anos e multa
2.      Difamação: propagar fatos ofensivos contra a reputação da vítima. O estudante que divulgou no Twitter que determinado empresário foi visto saindo do motel acompanhado da vizinha praticou o crime de difamação. Mesmo que o estudante prove que realmente o empresário foi visto no local, o crime subsistirá, pois independe do fato ser verdadeiro ou falso, o que importa é que prejudique a reputação da vítima. O delito tem uma pena de detenção de três meses a um ano e multa.
3.      Injúria: ofender a dignidade ou o decoro de outras pessoas. Geralmente se relaciona com xingamentos, exemplo, escrever no Facebook da vítima ou publicar na Wikipédia que ela seria prostituta, vagabunda e dependente de drogas. Também comete este crime aquele que filma a vítima sendo agredida ou humilhada e divulga no Youtube. A pena é de detenção e varia entre um a seis meses ou multa. Se a injúria for composta de elementos relacionados com a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência o crime se agrava e a pena passa a ser de reclusão de um a três anos e multa.
4.      Ameaça: ameaçar a vítima de mal injusto e grave. É corriqueiro a vítima procurar a Delegacia de Polícia para informar que recebeu e-mails, mensagens de MSN ou telefonemas com ameaças de morte. A pena consiste na detenção de um a seis meses ou multa.
5.      Constrangimento ilegal: em relação ao cyberbullying, o crime de constrangimento ilegal pode ocorrer se for feita uma ameaça para que a vítima faça algo que não deseja fazer e que a lei não determine, por exemplo, se um garoto manda uma mensagem instantânea para a vítima dizendo que vai agredir um familiar dela caso não aceite ligar a câmera de computador (web cam). Também comete este crime aquele que obriga a vítima a não fazer o que a lei permita, como no caso da garota que manda um e-mail para uma conhecida e ameaça matar seu cachorro caso continue a namorar o seu ex namorado. A pena para este delito é a detenção de três meses a um ano ou multa.
6.      Falsa identidade: ação de atribuir-se ou atribuir a outra pessoa falsa identidade para obter vantagem em proveito próprio ou de outro indivíduo ou para proporcionar algum dano. Tem sido freqüente a utilização de fakes em sites de relacionamentos, como no caso de uma mulher casada que criou um fake para poder se passar por pessoa solteira e conhecer outros homens. Também recentemente uma pessoa utilizou a foto de um desafeto para criar um perfil falso no Orkut, se passou por ele e começou a proferir ofensas contra diversas pessoas, visando colocar a vítima em uma situação embaraçosa. A pena prevista para este tipo de ilícito é de três meses a um ano ou multa se o fato não for considerado elemento de crime mais grave.
7.      Molestar ou perturbar a tranquilidade: neste caso não há um crime e sim uma contravenção penal que permite punir aquele que passa a molestar ou perturbar a tranqüilidade de outra pessoa por acinte ou motivo reprovável, como por exemplo, nos casos em que o autor passa a enviar mensagens desagradáveis e capazes de incomodar a vítima. Recentemente ocorreu um caso de um indivíduo que passava o dia inteiro realizando ligações telefônicas e enviando centenas de mensagens SMS com frases românticas para a vítima. O caso foi esclarecido e o autor foi enquadrado nesta contravenção penal. A pena para essa figura delitiva é de prisão simples, de quinze dias a dois meses ou multa.
A prática deste tipo de crime pela internet não é sinônimo de impunidade, muito pelo contrário, a Polícia Civil e a Polícia Federal possuem instrumentos adequados e profissionais capacitados para que, por intermédio das investigação criminal, a autoria e a materialidade sejam comprovadas.
Efeitos civis do cyberbullying
A prática destas ofensas também desencadeia diversos efeitos no âmbito civil, como por exemplo, a obrigação de reparar os danos morais ou materiais proporcionados pelos autores das ofensas.
De acordo com o artigo 159 do Código Civil “aqueles que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito ou causar prejuízo a outrem fica obrigado a reparar o dano”.
Agora a  lei 12.965,( texto integral da lei) estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil e garante o cumprimento das penalidades civis pelo o mal uso da internet, visto que:
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 29.  O usuário terá a opção de livre escolha na utilização de programa de computador em seu terminal para exercício do controle parental de conteúdo entendido por ele como impróprio a seus filhos menores, desde que respeitados os princípios desta Lei e da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
Parágrafo único. Cabe ao poder público, em conjunto com os provedores de conexão e de aplicações de internet e a sociedade civil, promover a educação e fornecer informações sobre o uso dos programas de computador previstos no caput, bem como para a definição de boas práticas para a inclusão digital de crianças e adolescentes.
Art. 30.  A defesa dos interesses e dos direitos estabelecidos nesta Lei poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, na forma da lei.
Art. 31.  Até a entrada em vigor da lei específica prevista no § 2o do art. 19, a responsabilidade do provedor de aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, quando se tratar de infração a direitos de autor ou a direitos conexos, continuará a ser disciplinada pela legislação autoral vigente aplicável na data da entrada em vigor desta Lei.
Após comentário sobre o texto e a lei, elabore com seu grupo uma campanha contra o Cyberbullying que pode estar acontecendo na sua escola. Pense:
Prevenção e solução nas mãos da escola
De acordo com os especialistas, a escola precisa encarar com seriedade as agressões entre os alunos. O cyberbullying não pode ser visto como uma brincadeira de criança. A busca pela solução ou pela prevenção inclui reunir todos - equipe pedagógica, pais e alunos que estão ou não envolvidos diretamente - e garantir que tomem consciência de que existe um problema e não se pode ficar omisso. Veja, a seguir, ações ao alcance das escolas. 
- Como prevenir
·         Ensinar a olhar para o outro Criar relacionamentos saudáveis, em que os colegas tolerem as diferenças e tenham senso de proteção coletiva e lealdade. É preciso desenvolver no grupo a capacidade de se preocupar com o outro, construindo uma imagem positiva de si e de quem está no entorno. 
·         Deixar a turma falar Num ambiente equilibrado, o professor forma vínculos estreitos com os estudantes, que mostram o que os deixa descontentes e são, de fato, reconhecidos quando estão sofrendo - o que é diferente de achar que não há motivo para se chatear. 
·         Dar o exemplo Se a equipe da escola age com violência e autoritarismo, os jovens aprendem que gritos e indiferença são formas normais de enfrentar insatisfações. Os professores sempre são modelo (para o bem e para o mal). 
·         Mostrar os limites É essencial estabelecer normas e justificar por que devem ser seguidas. Às vezes, por medo de ser rígidos demais, os educadores deixam os adolescentes soltos. Mas eles nem sempre sabem o que é melhor fazer e precisam de um norte. 
·         Alertar para os riscos da tecnologia O aluno deve estar ciente da necessidade de limitar a divulgação de dados pessoais nos sites de relacionamento, o tempo de uso do computador e os conteúdos acessados. Quanto menos exposição da intimidade e menor o número de relações virtuais, mais seguro ele estará. 
·         Ficar atento Com um trabalho de conscientização constante, os casos se resolvem antes de estourar. Reuniões com pais e encontros com grupos de alunos ajudam a evitar que o problema se instale. 

Agora é com vocês, elabore uma maneira de conscientizar seus colegas quanto aos males de fazer Ciberbullying, use sua imaginação! Espalhe cartazes pela escola, lembrete sobre o problema, espalhe frases de elogios, etc. Não podemos ter medo de usar a internet!

sábado, 19 de julho de 2014

Jogos educativos

Olha que interessante esses jogos....muito fácil de aprender pelos alunos e ponto de partida para desenvolver uma aula bem legal pelos professores! VAMOS JOGAR!!!!!
Um dia de feira
Musica popular brasileira

quinta-feira, 3 de julho de 2014

TEXTO 7.2ºBI - JOGOS EDUCATIVOS

TECNOLOGIA
Os sites que divertem e ensinam Texto Marina Azaredo

Como aproveitar a tecnologia na Educação? Dicas e orientações para tirar o melhor da internet - com segurança.
Um dos principais símbolos dessa nova geração é justamente a internet. Seja ela via computador, seja via celular. A pesquisa Kids Expert 2008, encomendada pelo canal infantil Cartoon Network, mostra que 60% das meninas entre 7 e 15 anos ficam entre 30 minutos e quatro horas por dia conectados. Entre os meninos, o percentual é de 55%. Mais de 6 500 crianças foram entrevistadas no ano passado.
E o que essas crianças e esses adolescentes fazem na rede? Essa mesma pesquisa mostrou que eles passam boa parte do tempo em programas de mensagens instantâneas e redes sociais, como Twitter e Facebook, conversando com amigos e visitando álbuns de fotos - passatempos que não necessariamente acrescentam algo à formação intelectual. 
O tempo passado na Internet pode ser voltado para o aprendizado e a aquisição de conhecimentos. Há diversos sites que incentivam o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes, ampliando o seu universo cultural. Combinando informação com diversão, eles são, também, um excelente passatempo, que podem entreter e divertir os jovens. "Há conteúdos muito ricos na internet, para todas as idades. Acessando sites adequados para a faixa etária, crianças e adolescentes poderão aproveitar o que há de melhor na rede", diz Helena Cortês, professora da Faculdade de Educação da PUC-RS. 
A pesquisa apresentou uma lista de sites educativos para crianças e adolescentes e solicitou a avaliação de sete especialistas em Educação:
·       Adriana Bruno, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
·       Helena Cortês, professora da Faculdade de Educação da PUC-RS
·       Humberto Estevam, diretor de ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) 
·       João Luís de Almeida Machado, doutor em Educação pela PUC-SP e coordenador pedagógico da Escola Moppe, em São José dos Campos (SP)
·       Luciana Allan, diretora técnica do Instituto Crescer para a Cidadania
·       Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP 
·       Melina Veiga, especialista em Tecnologias Interativas Aplicadas à Educação e professora de Informática do Colégio Santa Marcelina, em São Paulo.
·       Atividades Educativas (http://www.atividadeseducativas.com.br/)
O que é: Como o próprio nome diz o site Atividades Educativas reúne diversas atividades educativas para crianças e adolescentes. Aproxima-se de uma enciclopédia interativa, abordando assuntos para diferentes idades, inclusive temas relacionados à educação especial.
Para quem: O site é recomendado para todas as idades. Crianças a partir dos 9 anos podem navegar de forma autônoma e explorar bem seus recursos. Crianças menores devem ter o apoio de um adulto para ajudá-las a navegar pelo ambiente.
Não perca: A lista de jogos mais populares do site. Há atividades para todas as faixas etárias.
Palavra da especialista: "É um site que mescla diferentes informações, conhecimentos e atividades que podem prender a atenção de crianças e jovens por um bom tempo, estimulando a aquisição de novos conhecimentos", avalia Luciana Allan, do Instituto Crescer para a Cidadania

·      Discovery Kids Brasil (http://www.discoverykidsbrasil.com/)
O que é: O site do canal Discovery Kids tem vídeos jogos, atividades e concursos que envolvem os personagens dos desenhos animados do canal. Há também uma seção para pais, com enquete, artigos e propostas de atividades para desenvolver a motricidade das crianças.
Para quem: Assim como o canal, o site tem atividades para crianças de 0 a 6 anos. Mas, como há muita leitura, é importante que os pais naveguem junto com o filho.
Não perca: Os vídeos educativos. Há uma série interessante que explica conceitos opostos, como juntos/separados, longe/perto e embaixo/em cima.
Palavra da especialista: "O site tem entre suas principais qualidades o fato de não apelar ao consumo de produtos", segundo a professora da Faculdade de Educação da PUC-SP Maria Ângela Barbato Carneiro.

. Jogos Educativos
O que é: O site Jogos Educativos reúne uma série de joguinhos que proporcionam uma interação saudável da criança com o computador.
Para quem: Ideal para crianças na faixa dos 5 anos.
Não perca: O Jogo do Alfabeto (http://jogoseducativos.jogosja.com/jogos-educativos-alfabeto.aspx), em que, a partir da forma das letras, as crianças devem montar um quebra-cabeça.
Palavra da especialista: "O site tem uma proposta educativa interessante. Alguns dos jogos não têm o enfoque das disciplinas, mas são coloridos e interessantes para formação do raciocínio lógico da criança e aquisição da linguagem escrita e tecnológica", afirma Adriana Bruno, da UFJF
·       Jogos para Crianças
O que é: O site Jogos para Crianças ( http://criancas.jogospara.com/Jogo-Piano.aspx e http://criancas.jogospara.com/default.aspx?idc=1 e http://criancas.jogospara.com/Jogo-Tenis.aspx)  apresenta jogos que podem estimular as crianças quanto a raciocínio, concentração e artes. O seu foco maior é a diversão, mas pode proporcionar ganhos educacionais indiretos. 
Para quem: Os jogos são indicados para crianças que estejam entre os 5 e os 8 anos de idade. Abaixo dessa faixa etária, fica um pouco mais difícil o manuseio e a diversão. Para os mais velhos, há a perda de interesse e a busca por algo mais elaborado, rápido e desafiador. 
Não perca: A seção "Puzzle", que tem vários quebra-cabeças virtuais. 
Palavra do especialista: "O site pode ser útil e estimular crianças menores quanto ao raciocínio, artes, lógica e concentração. Creio, porém, que seria necessário adicionar mais jogos, ampliando as possibilidades de diversão e, ao mesmo tempo, que a página fosse saneada quanto ao excesso de propaganda que apresenta", avalia João Luís Almeida Machado, doutor em Educação pela PUC-SP

·       Máquina de Quadrinhos da Turma da Mônicahttp://www.maquinadequadrinhos.com.br/ )
O que é: O  Máquina de Quadrinhos da Turma da Mônica é o 1º editor online de histórias em quadrinhos do Brasil. No site, fãs de todas as idades podem criar suas próprias histórias, usando personagens, cenários, objetos e balões do universo da Turma da Mônica. As histórias são avaliadas pelos visitantes da página, e as melhores poderão até ser publicadas nas revistas da Turma da Mônica.
Para quem: É indicado para crianças de 4 a 12 anos.
Não perca: A possibilidade de fazer os próprios quadrinhos.
Palavra da especialista: "O site desenvolve a criatividade das crianças. Ele estimula a produção de textos e publica as histórias produzidas pelas crianças, depois de aprovadas pela equipe do site. Caso a publicação não seja imediata, as crianças interagem com a equipe e melhoram suas histórias, sendo uma atividade de aprendizagem", diz Luciana Allan, diretora técnica do Instituto Crescer para a Cidadania.

·      Pintores Famosos ( http://www.pintoresfamosos.com.br/ )
O que é: O site Pintores Famosos conta com a biografia de 37 pintores mundialmente famosos, abordando não apenas os fatos marcantes da vida de cada um, mas principalmente como se desenvolveram suas obras, relacionando-as com outros artistas do mesmo período. Ao lado do texto, há fotos de obras que ilustram o trabalho do artista.
Para quem: Pode ser utilizado por crianças a partir de 8 anos, pois a linguagem é bastante simples.
Não perca: As biografias de grandes pintores brasileiros, como Di Cavalcanti, Giovanni Oppido, Portinari e Tarsila do Amaral.
Palavra da especialista: "O site é indicado para pesquisas iniciais, porque o texto escrito de forma objetiva auxilia nos processos investigativos comumente solicitados em ambientes escolares", avalia Adriana Bruno, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

·      Só Matemática
O que é: Ótima opção para os que amam e odeiam matemática. O site  Só Matemática (http://www.somatematica.com.br/) oferece material de apoio e exercícios para os que querem treinar, se exercitar ou apenas se divertir. Há desafios, dicas, jogos matemáticos, um pouco de história e até auxílio para os vestibulandos.
Para quem: Pode ser usado por crianças a partir dos 6 anos e até por quem já está no ensino superior.
Não perca: Os ambientes interativos, como fóruns de discussão e comunidades.
Palavra da especialista: "O site pode ser utilizado nos espaços escolares e também em casa, para estudos complementares, combinando informação e conhecimento com diversão", analisa Melina Veiga, do Centro Universitário UniÍtalo e do Colégio Santa Marcelina

·      Povos Indígenas no Brasil Mirim
O que é: O PIB Mirim (http://pibmirim.socioambiental.org/pt-br)  integra o tema Povos Indígenas no Brasil (PIB) do Instituto Socioambiental (ISA), organização não-governamental brasileira com sedes em diferentes cidades do país. O site tem como objetivo divulgar informações qualificadas sobre os diferentes povos indígenas que vivem no Brasil. Pretende atingir crianças, usando uma linguagem divertida e educativa. 
Para quem: Crianças e pré-adolescentes de 7 a 12 anos. 
Não perca: O canal Avatares(http://pibmirim.socioambiental.org/avatares) é muito interessante, pois disponibiliza mapas que identificam a localização de diversas tribos indígenas distribuídas pelo Brasil e imagens desses locais. 
Palavra da especialista: "O site disponibiliza textos, imagens e vídeos que abordam o tema de forma clara e objetiva e atividades interativas que despertam o interesse do aluno, sem perder de vista o seu objetivo, que é o estudo da diversidade cultural", avalia Luciana Allan, do Instituto Crescer para a Cidadania

Agora que você já leu todos os comentários dos especialistas em educação sobre os sites, escolha três dos sites (clique nos links) e experimente suas atividades. Faça o comentário referente aos sites escolhidos. Dê sua opinião sobre o site, passeie por todo o site; Diga se foi fácil usá-lo ou não e descreva como você o usaria dentro de sala de aula com seus “futuros” alunos, ok? AGORA se DIVIRTAM!



quinta-feira, 24 de abril de 2014

2º BIMESTRE, AÍ VAMOS NÓS!



Mais um bimestre se inicia, mas antes de começarmos eu quero lhes dizer....
ACREDITE EM VOCÊ!



BEIJOS, Maria Clara Magalhães.

Texto 6.2bi - A evolução das tecnologias!

·         A evolução tecnológica
Evoluções Tecnológicas ocorrem durante toda a existência do homem, sendo impulsionadas pela necessidade — e também pelo instinto humano de desenvolver-se. Há também a evolução que ocorre espontaneamente, mas é somente observada quanto à descoberta do fogo. Nesse caso, fala-se em descoberta, e não em desenvolvimento, criação, construção, etc. Entretanto, esta descoberta pode ser considerada como tecnologia, pois foi uma simplificação do modo de vida do ser humano e amplificação de sua atuação no planeta, que abrangeu em grandiosa amplitude, permitindo um avanço geral, e não só focalizado em uma única situação.
À questão da necessidade, pode-se dizer que impulsionou cada vez mais a criação de tecnologia, pois o homem sempre precisou estar evoluindo e adaptando-se ao mundo. Essa questão está relacionada aos determinados períodos históricos, e tendo diferentes intensidades de evolução em cada um. Dessa forma, é na atualidade que a necessidade impõe uma maior evolução tecnológica, de maneira alguma alcançada antes desse período contemporâneo. Esses fatores explicam como a evolução tecnológica ocorreu, sendo, basicamente, iniciado por instrumentos rudimentares de caça (em tempos dos hominídeos), passando a desenvolver-se mais em tempos modernos, e chegando ao intenso grau de evolução atual.
Pode-se afirmar, então, que a tecnologia tem a tendência de aumentar a intensidade de sua evolução, cada vez em um compasso maior, bem como o homem quanto à sua necessidade de obter mais tecnologia para a sua adaptação às mudanças globais — estas causadas pela própria evolução da tecnologia que implica ao homem uma dependência gradativa por ela
A Revolução Industrial é a característica marcante desse período contemporâneo. Ela teve início, porém, nos tempos modernos, mas foi principalmente a partir desta época que se difundiu. A Revolução Industrial divide-se da seguinte maneira:
·        1ª Revolução Industrial: de 1760 a 1850, praticamente restrita à Inglaterra. Os principais aperfeiçoamentos foram no ramo de tecelagem, tendo também a introdução da força a vapor.
·         2ª Revolução Industrial: de 1850 a 1900, com difusão pela Europa (Bélgica, França, Alemanha, Itália e, no final do século, Rússia), América (Estados Unidos) e Ásia (Japão — a partir de 1868). Agora, surgem novas formas de energia elétrica — como a hidrelétrica —, novos derivados do petróleo — como a gasolina, sendo utilizada posteriormente pelos motores a explosão. Houve também grande desenvolvimento do transporte marítimo e terrestre — como, respectivamente, barcos e locomotivas a vapor.
·     3ª Revolução Industrial: de 1900 até os tempos atuais com a sua expansão pelo mundo inteiro. Compreende o aperfeiçoamento dos inventos, tendo principalmente a explosão do processo evolutivo. Assim, apresenta novas técnicas industriais e energéticas, e expansão dos meios de comunicação.
As tecnologias e a Velocidade da História
Há momentos em que a história corre mais depressa. Estamos em um deles. As mudanças tecnológicas têm sido meteóricas. Na década de 70, uma inovação industrial durava, em média, dois anos. Na década de 80 passou a durar apenas um ano. Depois disso tornava-se obsoleta ou era apropriada por grande parte dos concorrentes. Na década de 90, a duração passou para apenas seis meses.
Não é a primeira vez que a história corre mais depressa. James Watt, em 1780, ao inventar um motor a vapor deu um enorme impulso nas indústrias têxteis e metalúrgicas e acelerou sobremaneira a Revolução Industrial. Michael Faraday, em 1832, ao inventar o motor elétrico, proporcionou uma fantástica arrancada na automação da produção industrial. Samuel Morse ao inventar o telégrafo em 1838 fez a transmissão das informações saltar da velocidade de um cavalo ou de um navio para a velocidade da luz. Incorporado nas estradas de ferro, o telegrafo deu ao transporte ferroviário um grande impulso, permitindo a interiorização das indústrias. Nesses três exemplos, a velocidade da história disparou.
As tecnologias mudam os contextos produtivos, transformam os mercados de bens e serviços e provocam mudanças sociais e institucionais de profundidade. As mudanças atingem as áreas social e política. Há pouco mais de quinze anos a cortina de ferro estava em pé. O Japão fazia inveja ao resto do mundo com altas taxas de crescimento econômico. Nelson Mandela era tratado como um prisioneiro de guerra. Fernando Henrique Cardoso era socialista. Luiz Inácio Lula da Silva combatia o Fundo Monetário Internacional. Em pouco tempo, a cortina caiu. O Japão entrou em recessão crônica. Nelson Mandela transformou-se em um ícone da democracia. Fernando Henrique saiu do governo como neoliberal. E Lula aderiu à ortodoxia do monetarismo.
Ou seja, nos dias de hoje, a história corre depressa por força de mudanças tecnológicas que revolucionam os processos produtivos e provocam mudanças sociais.
Tecnologias e Novas Oportunidades
As novas tecnologias permitiram criar uma imensidão de novos produtos e processos que, quando absorvidos pelos consumidores, geraram uma grande quantidade de postos de trabalho. Observem a quantidade de empregos que surgiu em torno do telefone celular, do automóvel, da televisão, do videocassete, do CD player, do DVD, do tênis, da calça jeans, etc. Trata-se de inovações que foram bem recebidas pelos consumidores e que geraram muitos postos de trabalho - diretos e indiretos.
Vários outros efeitos positivos podem ser relatados tanto para os trabalhadores como para os consumidores. Por exemplo, os avanços da biotecnologia, das técnicas de embalagem, da preparação de alimentos, da refrigeração e de transporte têm permitido aos seres humanos contar com uma alimentação fresca e barata todos os dias. No campo da saúde, os avanços da ciência da tecnologia têm prevenido doenças que há pouco tempo não eram sequer diagnosticadas. A vida média foi alongada e isso instigou a ativação de outras atividades como, por exemplo, a produção de bens e serviços voltados para os idosos o que, por sua vez, gerou muitos empregos.
A incorporação de tecnologia nos bens de consumo tem provocado drásticas reduções de custos e de preços o que facilita o acesso das pessoas a esses bens. Até mesmo os países mais pobres têm ampliado o seu acesso a alimentos, medicamentos, vestuário e outros bens para atender as necessidades dos grupos de baixa renda.
Tecnologias, Educação e Trabalho
A educação continuada tem um importante papel no processo de ajuste. As máquinas têm se tornado muito baratas e bastante inteligentes. Para acompanhar a sua evolução e tirar o máximo rendimento das novas tecnologias, não basta ser adestrado. É preciso ser educado. A educação de boa qualidade passou a ser uma condição básica para se ajustar os trabalhadores aos novos ambientes de trabalho e às novas tecnologias.
As tecnologias, de um modo geral, demandam profissionais mais qualificados (Freyssenet, 1990). Para os que não se ajustam imediatamente a elas, o retreinamento é necessário e, ao mesmo tempo, difícil quando a educação básica é precária. Em muitos casos, as empresas são levadas a despedir trabalhadores que se tornam inempregáveis em face de novas tecnologias e são levados a contratar outros de nível educacional mais alto. Para os trabalhadores, não há nada mais dramático do que a obsolescência humana.
No Brasil, a má qualidade da educação básica tem sido o calcanhar-de-aquiles para o convívio com as novas tecnologias. O novo mundo da produção, baseado em tecnologias que mudam a cada dia, requer das sociedades um sistema de educação permanente. Pesquisa realizada em vários países da União Européia indica que para 80% dos trabalhadores, as novas tecnologias elevaram a demanda por qualificação (Burchell e outros, 2003). E, neste caso, estamos falando de uma força de trabalho que já possui um alto nível de educação e qualificação profissional.
Essa exigência por mais qualificação vai perseguir o trabalhador do futuro de modo crescente. Para conviver na sociedade do conhecimento, ele terá de saber "o quê", "por que", "como" e "quem". Saber "o que" significa possuir as informações básicas. Saber o "por que" implica no conhecimento dos princípios e processos. Saber o "como" significa estar apto para realizar determinadas tarefas que mudam a cada instante. Saber "quem" é uma alusão à capacidade de pesquisar junto às fontes que sabem o que ele não sabe (Bengtsoon, 2002).
Os sistemas atuais de educação foram construídos há mais de 100 anos e se restringem basicamente a ensinar o que. A maioria da força de trabalho do Brasil não domina os princípios que estão por trás de suas tarefas e raramente conseguem se informar com quem os domina.
As sociedades do conhecimento terão de criar sistemas de financiamento de sistemas de educação que cumpram essas quatro tarefas e que garantam a aprendizagem durante toda a vida das pessoas. É um desafio enorme, mas que vem sendo superado pelas nações mais avançadas que atrelam os sistemas educacionais a parcerias eficientes entre o público, o privado e o voluntário. Mesmo no Brasil, as agências de formação profissional, como SENAI e SENAC, as escolas técnicas e muitas universidades vêm se esforçando para entregar no mercado de trabalho ex-alunos mais qualificados. As cidades onde se localizam os centros de pesquisa e de formação profissional tendem a elevar o nível de educação e de remuneração da população em geral. O IPEA identificou cerca de 250 municípios que estão nessas condições. Nelas, a proporção de pessoas com nível universitário é mais de três vezes da proporção encontrada nos demais 5 mil municípios do país. O mesmo acontece com a renda média (De Negri, 2004).
O desenvolvimento da capacidade para viver nesse novo mundo é a única forma dos trabalhadores poderem usufruir salários e benefícios mais altos. Esse novo mundo exige uma recomposição das habilidades de trabalho.
Conclusão
Em suma, a entrada de novas tecnologias nos ambientes de trabalho transforma o modelo organizacional das empresas, reduz os escalões intermediários, provoca mudanças na composição da mão-de-obra, eleva a necessidade por maior qualificação, eleva a produtividade das empresas e dos trabalhadores e, em contrapartida, exige um maior empenho e comprometimento das pessoas para com as empresas o que, por sua vez, demanda a introdução de novos métodos de incentivo. Ou seja, as transformações decorrentes das mudanças tecnológicas têm um largo desdobramento. Para o legislador, tornou-se impossível criar proteções legisladas que cubram todas as situações e os problemas decorrentes dessas mudanças. Cada vez mais, as disfunções trazidas pelas novas tecnologias são resolvidas através de esforços de negociação nos quais a cooperação toma lugar da confrontação, pois jamais as empresas e os trabalhadores conseguirão vencer a guerra da competição externa se não superarem os desentendimentos internos.
 Agora deixe seu comentário sobre o texto e tragam para a sala de aula uma pesquisa sobre uma das três Revoluções Industriais citadas no texto, escolham um dos períodos e tragam o máximo de informações possíveis para a sala. 

TRABALHO EM GRUPO DE 4 ALUNOS CADA. PARA O DIA  06/05/2014